DESFLORESTAMENTO EM MADAGÁSCAR

O desflorestamento em Madagascar é causado sobretudo por três actividades: queimadas para agricultura, exploração da madeira e a produção de carvão e lenha para cozinhar.

Queimadas para agricultura
A queimada para agricultura, conhecida localmente como “tavy”, é uma importante parte da cultura e economia Malagasy. Esta prática é sobretudo usada para converter florestas tropicais em plantações de arroz.

Normalmente, um ou dois acres de floresta são desflorestados, queimados e depois replantados com arroz. Depois de um ou dois anos de produção, o campo é abandonado por 4-6 anos e o processo é repetido. Depois de 2 ou 3 ciclos disto, o solo está exausto de todos os seus nutrientes e a terra é ocupada por vegetação rasteira e relva. Frequentemente, em declives, este tipo de vegetação não é suficiente para segurar o solo, o que faz com que a erosão e os desabamentos sejam um problema.

Tavy é a maneira mais eficiente da maioria dos Malagasy providenciar pelas suas famílias, e estas pessoas que estão preocupadas com sua subsistência diária não se podem preocupar com consequências de suas acções. Da sua perspectiva, desde que exista mais floresta disponível para utilizar, mais vale usar a terra antes que outros o façam. Tavy para arroz tem também laços espirituais e culturais que transcendem os valores económicos e nutricionais do arroz como um alimento.

Extração de madeira
A extração de madeira é especialmente um problema nas florestas tropicais do este de Madagáscar, em particular na península de Masoala. O elevado valor da madeira (sobretudo ébano e rosewood que podem chegar a valer 2,000 dólares por tonelada nos mercados internacionais) fazem da exploração da madeira ilegal um problema significante em algumas áreas protegidas.

Produção de carvão e lenha
As endémicas florestas espinhosas de Madagáscar têm vindo a ser desflorestas a um ritmo alarmante para a produção de lenha e carvão. A fazer a sua vida através da venda de pedaços de carvão ao longo das beiras das estradas no ocidente de Madagáscar, vários Malagasy voltam-se para a fonte mais próxima da matéria prima, neste caso a magnífica árvore Alluaudia.


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Tradução de Ana Félix Pires